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33N de Carlos & Carlos já captou 100 milhões para fazer campeões de cibersegurança

O fundo da capital de risco do Porto criado por dois ex-homens Sonae, em parceria com a espanhola Alantra, recebeu uma injeção de 25 milhões de euros do Fundo Europeu de Investimento (FEI) e soma investidores estratégicos como o Luxembourg Future Fund e a Criteria Venture Tech.

Os sócios Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva (segundo e terceiro a contar da direita) com Gonçalo Borges, Margarida Correia e Pedro Carreira.
Os sócios Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva (segundo e terceiro a contar da direita) com Gonçalo Borges, Margarida Correia e Pedro Carreira.
31 de Março de 2025 às 11:46
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No verão de 2022, Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva decidiram sair da Sonae IM (atual Bright Pixel), o braço de investimento tecnológico do grupo controlado pela família Azevedo, onde estavam há já vários anos, para criarem a sua própria capital de risco.

Focada no investimento em empresas de cibersegurança na Europa, Israel e Estados Unidos, foi batizada de 33N. Porque o paralelo a 33 graus a norte do plano equatorial terrestre atravessa os Estados Unidos, Portugal (a ilha de Porto Santo) e Israel.

Com sede no Porto e em parceria com a gestora espanhola de ativos Alantra, a 33N arrancou com uma capacidade de investimento de 20 milhões de euros, tendo fixado como ambição levantar 150 milhões de euros para o seu primeiro fundo.

Neste altura, a 33N já captou mais de 100 milhões de euros, garantiu ao Negócios fonte oficial da capital de risco, que até agora já liderou diversos investimentos estratégicos a nível global em empresas de tecnologia de cibersegurança e software de infraestrutura, destacando-se a Panorays, a StrikeReady, a Exein e a DataGalaxy.

Entretanto, a 33N "garantiu um investimento adicional do Fundo Europeu de Investimento (FEI), parte do Grupo Banco Europeu de Investimento, do Luxembourg Future Fund (LFF2) e da Criteria Venture Tech", anunciou a capital de risco, esta segunda-feira, 31 de março, em comunicado.

"Com este novo investimento, a 33N está numa posição única para realizar investimentos globais e multietapas em cibersegurança, IA, dados e DevOps", enfatiza, sem revelar os valores injetados pelos seus novos investidores estratégicos.

Mas o Negócios sabe que, no caso do FEI, ronda os 25 milhões de euros. "A Caixa Capital também reforçou o seu investimento no fundo", refere.

"Estamos gratos pelo mais recente investimento na 33N, que reflete a confiança na nossa abordagem única para desenvolver a próxima geração de líderes globais em cibersegurança e tecnologia. Como um fundo europeu especializado, com cobertura mundial, combinamos uma visão global com um profundo conhecimento da indústria. Ao apoiar empresas excecionais, a 33N cria um forte valor para os investidores", afirma Carlos Moreira da Silva.

" Temos orgulho em estar entre os poucos fundos especializados de primeira geração a angariar este nível de capital nos últimos anos. A experiência da nossa equipa, o histórico comprovado e a capacidade de gerar retornos sólidos foram fundamentais para atrair investidores e empresas de topo", salienta Carlos Alberto Silva.

Já Marjut Falkstedt, CEO do FEI, manifestou a satisfação do fundo por "apoiar a próxima geração de inovação em cibersegurança e tecnologias emergentes" através do seu financiamento à 33N, considerando que "estes fundos de capital de risco desempenham um papel crucial na aceleração do crescimento das startups tecnológicas e no reforço da segurança digital na Europa".

"A nossa colaboração com parceiros locais e internacionais reforça o nosso compromisso de construir um ecossistema tecnológico robusto e resiliente, capaz de enfrentar os desafios digitais do futuro", defende Falkstedt.

"O investimento do LFF2 na 33N representa mais um elemento importante para o ecossistema do Luxemburgo, alinhando-se com a nossa missão de fomentar a inovação e apoiar o crescimento de setores estratégicos como a cibersegurança no país", afirma, por sua vez, Eva Kremer, CEO da Société Nationale de Crédit et d’Investissement (SNCI), que participa, juntamente com o FEI, no LFF2.

"Como investidor nas fases de Série A e B, a 33N complementa os investidores ‘early-stage’ e ‘business angels’ já existentes no Luxemburgo, permitindo que as empresas mais promissoras da região tenham acesso a investidores especializados e de crescimento", explica Eva Kremer.

Além disso, afiança, "a 33N ajudará a posicionar o Luxemburgo como uma referência europeia em cibersegurança, através da sua rede e associações".

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